Saiu hoje no jornal Correio uma reportagem com dicas interessantes do que fazer para ajudá-los a passar por esses dias quentes.Vale a pena ler e aprender!!
Calor exige que dono tenha cuidados na hora de passear com o cão; veja dicas
Já reparou que em dias de sol forte as pessoas continuam levando os cachorros para passear? Não há problema! Passear com os bichinhos é uma necessidade. Além do mais, eles adoram! Então, o que há de errado? Desde o início do verão, em 21 de dezembro, em diversas regiões do Brasil, a temperatura registrada é 1°C e 5°C acima da média. Isso porque o asfalto, o concreto e o vidro em áreas urbanas colaboram para aumentar a temperatura das ruas.
No percurso de casa até a pracinha mais próxima, por exemplo, uma hora ou outra, o contato com o asfalto ou concreto será inevitável e, dependendo do dia, o animal pode queimar as patinhas sem você se dar conta deste risco.
A advogada Tassiana Carvalho Amado é dona do cachorro Bill, de nove anos, da raça Schnauzer. Ela diz que antes de passear com ele, faz uma medição rápida da temperatura pisando com os pés descalços no chão. “Se inicio o passeio e percebo que o solo está ficando muito quente, volto para casa o quanto antes”, disse Tassiana. Ela explica que ainda toma outras precauções comuns com o melhor amigo como o uso da garrafa de água para hidratação e saco plástico para recolher as fezes. Além disso, o Bill tem horários para passear. A primeira volta acontece no início da manhã, às 6h, e, a última, às 18h30, períodos em que o sol está mais ameno – sujeito a alterações durante o horário de verão.
Como diminuir o calor excessivo dos cães em dias quentes
Da mesma forma que os humanos, os cães também precisam se refrescar em dias quentes. O médico veterinário Claysser Cassius Coelho orienta formas eficazes de identificar o desconforto do cão causado pelo calor. “Os cachorros não possuem glândulas sudoríparas para liberar o calor e transpiram através da salivação. Por isso, a temperatura deles demora mais tempo para diminuir. Quando o animal está com muito calor, ele fica mais tempo com a boca aberta e a respiração mais ofegante. Ao perceber esses sinais, dirija-se para a sombra e dê água ao animal; se ele ainda estiver ofegante, use um ventilador ou ambiente com ar condicionado”, disse Coelho.
O profissional afirma que, caso a cão não responda a essas medidas, o dono não deve usar água fria na tentativa de ajudar, porque a diminuição drástica de temperatura pode ser fatal. Nesses casos, comece a molhar as extremidades, primeiro, e ao redor do pescoço.
Gatos se adaptam melhor ao calor
Dizem que os gatos têm mais facilidade do que os cães para se adaptar às mudanças do ambiente, mas, segundo Coelho, qualquer pet requer cuidados no quesito estresse térmico. “O gato, em particular, por diferentes hábitos comparados aos cães, consegue suportar melhor o calor. Gatos têm hábitos crepusculares, ou seja, estão mais ativos no início e no fim do dia e o restante do dia tiram para colocar o sono em dia. Gatos não têm o hábito de fazer caminhada como os cães com seus donos, não passeiam de carro com frequência, não vão aos pet shop semanalmente e procuram lugares mais frescos para descansar. Ou seja, a exposição ao calor é menor do que os cães”, disse.
Os gatos que sofrem mais com o calor são os felinos das raças braquicefálicas (de focinho curto): Persa, Burmês, Exótico e Himalaio.
Doenças mais comuns no verão
Na clínica veterinária onde o especialista trabalha, os principais casos que chegam ao consultório para atendimento durante o verão são de animais mais peludos. “Eles são mais suscetíveis a problemas de pele. Por exemplo, em gatos, as micoses são as doenças mais frequentes. Já os cães sofrem mais com a sarna. Também é comum dermatopatias e alergias causas por pulgas e carrapatos”, afirmou o veterinário. Os cachorros que merecem mais atenção neste período são os da raça Buldogue Americano, Boston Terrier, Boxer, Pug, Buldogue Inglês, Cavalier King Charles Spaniel, Buldogue Francês, Dogue De Bordeaux, Lhasa Apso e Shih Tzu.